sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Para 2012:



Pedras são sonhos na mão, voam na imensidão
Ideias que ganham vida e criam asas
Voam na imensidão, meu sonho, minha canção
Pedras e sonhos são nossas únicas armas

Pedras são sonhos na mão,
Flores que brotam, brotam do chão
Se as pedras não voam, os sonhos são em vão

Em tempos de escuridão
O sol se põe, mas se um dia as pedras cantam,
se um dia as pedras cantam,
se cantam as pedras, os sonhos dançarão

Quero ver quem vai dançar...
” (El Efecto)

Eu também quero ver. Eu mesma quero dançar. E rezo por um despertar coletivo, em que o amor e o bem pulsem mais forte em cada coração. Que cada ser seja uma revolução. Que descubram as asas que têm. E voem, livres, para cima, para além do que eu vejo agora e que me enche os olhos de água, nós na garganta e aperto no peito. É por este sentimento que acordo todos os dias e creio que “mesmo diante da maior das atrocidades, nossos corações transbordarão amor e compaixão” (Forfun).
Pra 2012, eu desejo SAÚDE, CORAGEM e FÉ para fazer as flores brotarem, as pedras cantarem e os sonhos voarem! ♥

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Quando o olhar não permite fuga
cabo-de-guerra ao avesso: quem solta a corda ganha também
Quando dá água na boca e quem manda é o corpo,
supera a razão, provoca o encontro
Encosta, arrepia, já era
Quando a sede só é saciada com língua, beijo e mordida,
é pele que sua, molha e não desgruda
Quando tudo aprendido então faz sentido:
seu abraço encontrou meu sorriso.
Entrega.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Vivo pelo sim

Hoje é domingo e teve futebol e teve ser dinda o dia todo. Morena Flor pra tudo que eu faço diz “não”, mas eu sei que isso quer dizer “sim”, porque ela espera que eu insista, invente, morda, aperte, faça careta, corra atrás, pra depois rir. Mas o “não” continua. Acho que a vida é assim também, diz “não” o tempo todo, mas no fundo, quer que a gente pule esse muro, arrume uma brecha, nasça flor no concreto. É um véu. É preciso querer enxergar além, pegar o véu e dançar com ele. É possível, tem que ser. Eu tento. Sei que o “sim” não é uma palavra, três letras, s-i-m, e que se eu o esperasse desse jeito, talvez nunca o escutasse. Antes de todos os sentidos, há o sentir, há o de dentro, o que existe quando fechamos os olhos e encontramos o silêncio. É neste lugar, depois do que arde, do que escorre, do que machuca, do que é nó, é neste lugar que a vida desabrocha em um sorriso aberto e banguela de criança. É este o “sim”. E eu vivo por ele.