quarta-feira, 27 de junho de 2012

Acordei com a vontade de ser o Sol
que invade sua cama, mas não incomoda,
te puxa pra vida.
E quando tu vê tá cantarolando
música que você não sabe de onde vem
Quero ser essa música,
que não precisa de esforço pra lembrar, só saber assoviar
Morar dentro de você, passarinho cantando eu te amo
E trazer pra qualquer segunda-feira a beleza dos domingos sem pressa.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Não foi dessa vez

Nada pior que se sentir idiota sabendo que você não é. Achar um desperdício essas lágrimas que eu não consigo conter. A idéia era simples. Mas aí cê disse que me amava, me chamou pra morar com você e ainda que a gente tivesse louco, me deixou mais segura. Tu me mostrou os seus segredos, confiou e eu também. Deu liga, concluímos. Não posso dizer que eu não sabia que tu tem mil motivos que despertam minha admiração, mas pouco tempo de dedicação. Eu sabia e a gente tava dando um jeito. Também sabia que tu tem admiração não só de mim e que gosta disso. Entendi sua vaidade.
Só não consigo entender em um mundo em que somos livres como jamais fomos, não haver jogo aberto. Ou talvez o nome seja educação. Responder uma mensagem, quando eu sei que tu vive grudado no Iphone. “Lá não pega direito” não pega mais, amor. E é claro que eu não tô escrevendo esse texto doído só porque tu não respondeu uma mensagem na hora e do jeito que eu queria. O lance é que se sentir cozinhada é fogo. Preterida então, nem se fala. Mas a oferta é grande, né? Tava implícito desde o início. Mas por mais que eu soubesse que estava pisando em terreno irregular, me percebo despreparada perante uma foto. Pode nem ser nada e, teoricamente, se fosse, tinha que poder também. Mas não segurei a onda. 
E me pergunto se realmente tenho que segurá-la. Segurar a onda cansa. É assim que me sinto: cansada. Do morde e assopra. Quando a minha vontade era aparecer nua na porta da sua casa de madrugada. E o que me deixa mais bolada é que ainda que eu escreva esse texto, prometa a mim mesma que não vou mais stalkear, nem mandar inbox ou mensagem, não sei se terei essa fibra se você o fizer. E, cogitando essa possibilidade, assumo que não consigo me despir de esperança. Concluo então que esse mundo doido quase me bota a perder uma das coisas mais bonitas que o homem carrega. Não foi dessa vez. Sigo vestida.