domingo, 24 de maio de 2009

Chorei.

Talvez algum fantasma
Que fez parte de um passado ou até mesmo poderia ser na sua essência aquela aquarela, árvore ou banco da praça
A memória não tem ouvidos, é cega e muda
Úmido é o chão dessa prisão
Chamem os agentes, os corretores,
Anuncie no jornal que o mundo vai acabar amanhã
Só não escreva minha história
Pois ninguém além de você sabe o que eu iria dizer
Ninguém além da família, pode até perguntar, afinal da onde eu vim, podem, de repente, num só golpe
Mandá-lo de volta...aonde? De volta para a puta que pariu...de volta ao ventre do inferno...de volta às trombetas subjacentess dos anjos e qualquer timbre da memória
Não perder esse tempo com você, meu querido muro de Berlim, segredinho entre pedras das pedras dos muros da lamentações em Israel
Sou um moto-táxi gaijim do morro do Ahdfskjfgddigestão
Dirijo qualquer volante, desperdício contramão
Quer saber do que mais...
Não vou mais ao Baixo, nem na Gávea e na Lapa
Fico na janela do meu quarto vendo a chuva cair
Gotas de murmúrios, pétalas de razão
Afinal, minha filha Romã
O que deve o poeta fazer?
escrever para si mesmo bobagens e mais bobagens
Pois o incompreensível de dizer isso ninguém jamais irá saber
Que te mandou um beijo grande ontem
Na rua do porto. Entre inventores e toxicômanos, foi a Bel, mãe do Bruno, lembra?
Romã, se você soubesse o quanto te amo, o deserto, o opaco e o sagitário
Te amo Romã te amo romã
Para sempre
Nunca jamais se esqueça disso
Olha aí na janela agora, viu?
Fui eu passando num disco voador
Te amo brasileira, haitiana, portuguesa, italiana, alagoana.
Agora olha aqui oh
Viu?
Vc mora aqui
No
Meu
Coração.

De Nordahl Christian Neptune, meu pai.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Quadrilha

(Carlos Drummond de Andrade)

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.


Sempre gostei desse poema. E esse mundo que não pára de dar voltas me fez lembrar dele na hora.

domingo, 10 de maio de 2009

C_mpl_te

Novo disco do Móveis Coloniais de Acaju disponível no Trama Virtual. o/

Aqui o link: http://albumvirtual.trama.uol.com.br/

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Me amassa,

que eu ainda tô passada. E assim vou ficar por um bom tempo, quiçá pro resto da vida.
Porque, né.. Rodrigo Santoro!!!

Twitter

Depois de semanas em dúvida, me rendi. Mas acho que o tio Bauman não gostou muito e rogou uma praga, deu treta, profiles duplicados, mas agora tá tudo bem.

Ó: www.twitter.com/romaneptune

Beijofollowme! ;*

terça-feira, 5 de maio de 2009

Eu, Freddie Prinze Jr. e os castelinhos de areia

Em um curtíssimo espaço de tempo, duas comédias românticas protagonizadas por Freddie Prinze Jr. cruzaram minhas noites. Das duas vezes, me rendi à fórmula tosca e açucarada de produção hollywoodiana e assisti até o fim.
Apesar dos clichês, despedidas, desencontros e afins fundamentais em qualquer filme que pretenda arrancar lágrimas de espectadoras mais sensíveis, ambos os filmes partem de um ponto não tão explorado: o desenrolar, pro bem ou pro mal, das relações a partir do término de um relacionamento. O conflitos são menos superficiais e, assim, a abordagem, mais densa.
Racionalmente, o casal principal decide seguir direções diferentes, porém quando ocorre uma reaproximação ou recaída, aparentemente interpretadas como equivocadas, logo são percebidas emocionalmente como a única estrada a ser seguida. Por isso o final feliz, juntos.
A questão é que enquanto na minha vida, uma noite especial e por anos desejada não necessariamente é sinal de que agora dará certo, na do Freddie Prinze Jr. as reviravoltas do destino sempre são superadas, e as decisões tomadas e posturas assumidas não impedem e indiretamente contribuem pro happy end.
Até aí, tudo bem. That's real life, baby. Só não precisa pegar a amiga no banheiro da minha casa pra explicitar que nossas expectativas eram diferentes.
A minha sorte é que os castelinhos de areia que construo, eu mesma sei fazer desmoronar. Prefiro ser também mar, antes que outro alguém pise em cima.
E sigo, admirando Freddie Prinze Jr. e suas mocinhas, as segundas chances que são certo e sim, reconstruindo meus castelinhos de areia quantas vezes forem necessárias.

sábado, 2 de maio de 2009

Show do Moptop!


Tava mudando de canal aleatoriamente, parei no começo de um clipe da Rihana, acabou, já ia mudar de canal novamente, quando a paisagem da primeira cena do clipe seguinte me pareceu familiar. E era mesmo. 'Aonde quer chegar?', do Moptop. Logo hoje que tem show. Coincidência? Vai saber... O fato é que tô nostálgica com esse show. Eu, Marina, Laurinha, Lucaz, tudo tão 2006. Dá até vontade de colocar meu aposentado scarpin. (:

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Zhuangzi

Enquanto durmo, escrevo meus melhores poemas.
Sai tudo redondinho, as metáforas, criativas, as palavras, certeiras,
Flecha bem no alvo.
Mas é só o vira-lata latir anunciando que a vida lá fora amanheceu,
E os olhos abrirem se espreguiçando,
Que correm todos, os poemas, pra debaixo da pálpebra
Ali, onde ficarão brincando com os meus sonhos de amanhã.