Vem que tem, 2011!

Retrospectiva clássica do dia 31.

Visitei lugares maravilhosos e em cada um deles vivi experiências enriquecedoras: finalmente conheci o Horto e Itacoatiara, fui ao Festival de Jazz e Blues de Rio das Ostras com um clima mágico, bate-e-volta em Sampa, ENECS em Belém do Pará com muito perrengue até chegar ao nosso destino, mas com a recompensa inesquecível da convivência ótima em um dos lugares mais incríveis que eu conheci, onde ser feliz parece ser mais fácil, Algodoal; viagem em família a Ilha Grande.

Assisti, fui tocada, cantei, dancei nos shows de: Cabaret, Móveis Coloniais de Acaju, Forfun, Os Outros, Letuce, Luisa mandu um beijo, Casuarina, Brasov, Mombojó, Pitty, Orquestra Voadora, Cia. Velha, El Efecto, Curumin, Tom Zé, Instituto, Songoro Cosongo, Teresa Cristina, Jonas Sá, Tulipa Ruiz, Beach Combers, Giras Gerais, Abayomy Afrobeat, Dead Fish, CéU, Otto, Mundo Livre S/A, Orquestra Contemporânea de Olinda, BNegão e os seletores de freqüência, Emicida e Tono.

Terminei um namoro, me tornei tia da Morena Flor, pacote felicidade da família, fiz amizades e fortaleci outras e o acaso nunca foi tão generoso comigo. Meu aniversário foi o auge dessa generosidade, prova de que o mundo ta cada vez menor, dá voltas deliciosas e que felicidade atrai felicidade.

Dos votos que fiz para este ano que se encerra, muitos se realizaram e destaco a vontade de auto conhecer-me, de valorizar o que realmente importa, de amar o próximo, exercitar a tolerância nos menores e maiores gestos, manter o pensamento e o coração vibrando numa freqüência elevada, passos que consegui começar a trilhar.

Pra esse ano desejo a todos nós encontros frutíferos, no trabalho, no amor, na amizade. Somos o resultado do que trocamos com o outro: afetos, idéias, experiências. Em 2011, luz, amor, saúde, confetes e aconchego!

Festa à primeira mordida
Dança-delícia quando se rodopia a dois,
eu e você, um par

entre tantos, encontro
emaranhado de vontades, palavras, cachos e corpos:

encanto que se mede pelos nós.

Sobre as férias.

Fim das férias que foram ótimas e vão deixar saudade. Teve torcida dando tapa na cara da sociedade, show do Curumin, encontro dos amigos do Pedro II, sambinha na Pedra do Sal, despedida da Miss Teresina, retorno à Fosfobox e às memórias de um agosto de quatro anos atrás, gravação do DVD do El Efecto, Casa de Espanha, Camila superando limites, ENECS em Belém do Pará. Conheci Algodoal, ilha maravilhosa, que me fez descobrir pessoas, sensações e visuais incríveis, lugarzinho onde ser feliz é mais fácil, um dia eu volto. De volta, show d’Os Outros se despedindo do repertório do primeiro disco, tardes no MSN e praia dia de semana me deram a impressão de estar em 2006 novamente. Fui a um aniversário numa laje em Nilópolis, tive uma virose e fiquei no soro, assisti a ‘Uma noite em 67’, agradeci por existirem as segundas chances e ao Rio de Janeiro ser pequeno, passei um dia inteiro vendo um vídeo só, escrevi um poema e me despedi das férias fazendo a Lapa de playground e o show do Tom Zé no Circo Voador de quintal de casa. Foi lindo. ♥

Pílula do dia seguinte

Ingerida com a ajuda de um gole d'água
faz sumir a preocupação da barriga
Joga-se fora a embalagem
e torna-se flagrante a efemeridade do encontro
Fazendo varrer para mesma lata de lixo as lembranças de ontem
Antes que cismassem em querer morar aqui dentro por mais tempo.

Ignorar é coisa difícil
Quando já se dormiu e acordou juntos tantas vezes
Sempre achei que nunca devia terminar assim
Que o amor é maior
Mas nesse mundo tudo é rótulo, lacre, algema
O que sinto não tem nome e é grande
Grande demais, maior do que você pode enxergar
Rezo por um milagre que chegue por trás, de fininho
Te dando susto, mostrando o pulo do gato
que é essa vida
Pra te curar do soluço que te impede de voar

Caderno novo.

Esse design novo do blog me deixou com uma sensação de volta às aulas, ficar namorando o material escolar, ansiosa pra usar logo! :)

Queria que algo bem grande acontecesse pra varrer essas folhas secas do quintal. Pra transportar esses anseios, nós na garganta, alterações de humor pra outra década. Pra quando não mais fizessem sentido, sequer fossem lembrados, Polaroid ao contrário.
O inacabado cansa. O acabado machuca. Quero janelas novas. Quero brisa, frescor. Basta desse ranço de emoções de um intenso que não sacia. Quero a candura. O riso solto. Os ombros também.
Corpo já não agüenta, cabeça já não agüenta. Quero saber seguir adiante, com minhas próprias pernas longas e levemente arqueadas, a passos confortáveis, por outros caminhos. E se tropeçar, quero aconchego, braços abertos, “vai passar”.
Não quero dormir pra esquecer. Quero conseguir ficar acordada. Sem dor.